Aqui na França, você vai querer pagar muitos micos no verão!
Tudum psssssss =P
Para quem não entendeu, a Kibon (sabe?) muda o nome para Miko na França. Em Bruxelas é "Ola" haha ^^
segunda-feira, 28 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
12 dicas de como se comportar na França
País estranho, com gente esquisita... nem sempre é tão fácil morar "nos estrangeiros". Donc, se liga nessas dicas básicas do comportamento francês que podem te livrar de micos e king kongs. ;)
1- Utilize a escada rolante como se estivesse dirigindo
Ou seja, lado direito é para quem "quer evitar a fadiga" e o esquerdo é para quem está com pressa e vai subir como se fosse escada normal. Sacou? Como a lógica é a da direção, em Londres, na maioria das vezes, é o contrário ^^.
É muito fácil identificar estrangeiros na escada rolante... eu mesma já cometi a gafe e ouvi um "Pardon!!" enervé. =S
2- Sua bolsa/mala/mochila não tem bumbum
Isso quer dizer que ela não tem direito de sentar no banco do ônibus ou metrô. Deixe no seu colo, ao lado ou aos seus pés.
Tudo bem, isso geralmente não impede um francês de sentar no banco. Ele pode escolher 2 caminhos: pedir licença, ou ir sentando e você tem que ser rápido antes que suas coisas sejam esmagadas. No entanto, essa atitude impedirá que você ganhe uma cara feia. =)
3- Seja pontual, ou melhor, esteja adiantado
Eu sei, confesse, esse não é o ponto forte brasileiro. Eu que não era a pessoa mais atrasada da turma, aqui já passei vergonha.
Os franceses tem um dom, eu não tenho a menor ideia de como eles conseguem saber exatamente quanto tempo demora para chegar num lugar e, se estão atrasados, sabem exatamente quanto tempo falta (como?). Te enviam um sms "estarei aí em 10 minutos" e, pode escrever, eles estarão lá em 10 ou menos.
Outra coisa bem comum entre eles é se programar para chegar pelo menos 5 minutos antes do horário marcado. Eu já tentei a técnica de adiantar o relógio, mas eu sempre me pego pensando "nah, ainda tenho 5 minutos, o relógio tá adiantado!^^". Resultado? Atraso na certa.
Aqui, os atrasos até que são tolerados, apesar de não ser educado, mas no máximo de 15 minutos. Cara, já esperei amiga minha no Brasil por mais de 30 minutos! haha
Uma vez, quase perdi o trem porque estava em cima da hora (alguns minutos ainda antes de partir e o povo achou ruim), saí correndo pela estação feito louca, com medo de perder N dinheiros de bilhete e encontro um casal correndo loucamente também. Adivinha a nacionalidade? É, gente... tá na hora de melhorar a nossa imagem.
4- Faixa de pedestres e bonequinho verde devem ser respeitados
Aqui todo mundo atravessa na faixa (e com o sinal verde para pedestres, mesmo que não esteja nenhum carro passando). Assim, também é fácil reconhecer um estrangeiro na rua.
Onde eu moro, ou em Paris, nunca vi multa para pedestre, mas fique esperto: em outros países ela pode ser bem cara!
5- Vosmecê, tem certeza?
Utilize sempre o "vous" para se dirigir às pessoas, isso é sinal de respeito e um "vale sorriso".
Confesso que ainda é uma dificuldade para mim, toda vez que vou falar com alguém fico pensando "Use vous, vous, vous...". Acho que é porque 1- no Brasil a gente usa sempre você, 2- Na escola, com as crianças e a família, utilizamos "tu" e 3- É tão mais complexo de conjugar. =P
6- Num jantar, chegue atrasado!
Haha, sim! Sabe aquela máxima de que "toda regra tem sua exceção"? Pois é, aqui chegar atrasado também pode ser sinal de politesse.
Quando você for convidado para um jantar, é muito educado chegar 15 minutos depois do horário marcado (isso quer dizer, NUNCA chegue na hora). Eles dizem que esse atraso é previsto para que a dona da casa tenha tempo de se arrumar após a preparação do jantar (como se mulher conseguisse ficar pronta em 15 minutos!).
*Aliás, também é comum levar algo para o jantar. Escolha: flores para a dona da casa, ou um vinho, ou uma sobremesa simples (chocolates, por exemplo), um queijo... Não chegue somente com a vontade de comer! haha
7- Cumprimente as pessoas, várias vezes
E você pensando que brasileiro é simpático, hein? Aqui é comum dizer "bonjour" ao(s) atendentes(s) na entrada de restaurantes, boulangeries etc e também "merci, au revoir, bonne journée!" (sim, isso tudo! Obrigado, tchau e bom dia) na hora de sair.
Percebi que no Brasil, geralmente é o atendente que fala "obrigado" e, muitas vezes a gente nem responde e vai embora depois de pagar sem nem olhar a pessoa. Percebi porque vi vários brasileiros fazendo isso aqui na França, mesmo sem se dar conta.
Ok, eu ainda acho que brasileiro é mais simpático. Algumas vezes todo esse cumprimento é só um hábito feito por educação; mas também já vi várias pessoas dizerem de verdade, então é chato deixá-los no vácuo, não? =/
8- Tenha um bom apetite, mas espere pacientemente por ele
Nop, não quis dizer para você se empanturrar de comidinhas (mas pode!). En France, quando há outras pessoas na mesa, é educado esperar todos se servirem (ou todos os pratos chegarem) e começar a comer somente após o "bon appétit!". É bonitinho e divertido! Nunca comece a comer sem que todos estejam preparados e sem ouvir o bom apetite francês, mas a dica só vale para o início e não para cada prato que for servido, ok? ;)
9- Olho no olho, copo no copo
Todo mundo adora brindar, mas aqui tem uma particularidade: é muito importante olhar nos olhos das pessoas que estão brindando com você (mesmo que sejam várias). Eu acho um pouco constrangedor, massssss se você não faz, é mais constrangedor ainda. Você acaba tendo que repetir o brinde em cada um, sozinho e olhando no olho. =P
10 - Faça biquinho sempre que possível
O mito de que os franceses não curtem falar inglês continua e é pura verdade. Tá certo que hoje tem mais francês speaking English por aí (com um sotaque bizarro!), mas que eles odeiam, it's true! So, se está de passagem pelo país, arrisque algumas palavrinhas em francês e você será melhor tratado. Não custa tentar utilizar um "bonjour", "merci", "au revoir" e "pardon", pelo menos, né?
11 - Por falar em biquinho, me dá um beijinho?
French people se cumprimentam com 2 beijinhos no rosto, um de cada lado, não importa se é homem ou mulher.
10- Na dúvida, peça desculpas
Se você tiver que dizer algo em francês, peça desculpas. "Excusez-moi" e "Pardon" são palavras coringa no vocabulário français. Sério, mais comum que "bom dia".
- Esbarrou em alguém? Pardon!
- Quer pedir informação? Pardon, onde fica tal lugar?
- Quer pedir licença para passar? Pardon! (energicamente)
- Quer discordar de alguém? Pardon, mas eu acho que...
- Deu uma manota, foi impolit sem querer: pardon!
- Não entendeu/escutou o que a outra pessoa disse?: Pardon? (ela vai entender que é para repetir)
Ou seja, se você não sabe o que dizer, pode começar se desculpando e logo, logo se enturma. =D
Curtiu? ;)
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Como se tornar au pair na França - parte 3/3 - A burocracia
Você que já tirou suas dúvidas e saciou suas angústias nos 2 primeiros posts desta série, falta completar seu conhecimento com uma parte chatinha, mas necessária para se tornar au pair francesa. ;)
Bom, se você acha que o Brasil é burocrático, espera para ver a Europa. O "problema" aqui é que tudo é mesmo, meeeesmo ao pé da letra, não tem jeitinho, nem choro, tem que ser exatamente como foi pedido. #ficadica.
Para começar a falar da papelada, apresento-lhe (futuro candidato au pair) o seu - de agora em diante - melhor amigo: o Campus France.
Esse site tem 90% das coisas que você precisa para pedir o seu visto francês e ainda traz N dicas extras sobre a vida no país. Você não pode fugir dele porque ele faz parte do processo de solicitação de visto. Então, faça um cadastro o quanto antes e comece a ler, muito... hahah
Vamos aos pontos principais:
Tipo de visto
Fácil: para o programa au pair, o visto é de estudante, com permissão para trabalhar (até certa carga horária). É por isso que você tem que comprovar a escola de francês.
Check-list
- Application preenchido (isso significa que já comprovou sua experiência com crianças e seus estudos de francês).
- Passaporte em mãos (para tirar é extremamente fácil, pelo site da polícia Federal).
- CNH internacional (não é obrigatório, MAS é bom e a essa altura você já vai saber se sua família vai precisar ou não).
- Documentos digitalizados e traduzidos (eu mesma traduzi os meus, com ajuda de uma senhora francesa. Não precisa de nada juramentado no consulado, mas é extremamente necessário fazer isso com a sua certidão de nascimento. Disso você não escapa).
- Família encontrada: sua futura host famille vai ter que enviar uns documentos para você que são assinados pela prefeitura - mairie - da cidade que vai morar. Eles serão necessários no dia da entrevista e no dia do Consulado. Sim, eu falei que era burocrático! =P).
- Escola de francês encontrada: você também terá que comprovar a matrícula numa escola de francês na França, com 10h semanais obrigatórias. Geralmente a família também te ajuda a encontrar.
- Passagem de ida e volta comprada (a agência de intercâmbio orienta essa parte).
Solicitar o visto
- Cadastre-se no Campus France e preencha bem bonitinho todo o perfil, de preferência em francês.
- Logo após, é hora de enviar as cópias dos documentos pedidos, pelo correio, ao escritório C.F. Uma coisa muito boa é que eles são super rápidos em responder as dúvidas e em anunciar o recebimento.
- Paguesem chorar muito a taxa.
- Agende sua entrevista (fique calmo. Ela é rápida e indolor, bem longe de ser a temida entrevista do visto americano. É só alguém que vai confirmar suas informações e conversar um pouquinho em francês também. Na hora mesmo você fica sabendo se foi bem ou não. É super relax.)
- Aguarde a confirmação pelo site.
- Agende com o Consulado pelo site (de acordo com a região onde mora. Diferente do C.F., o site do Consulado não é tão prático e eles nunca respondem nenhuma pergunta ou atendem o telefone).
- Preencha os formulários necessários (baixar no site. Problema: é todo em francês compliqué, mas tem tradução). O meu Consulado foi o de São Paulo e a tradução que eles têm no site não bate com o formulário (dumb!). A boa dica: a tradução do Consulado do Rio de Janeiro é perfeita. =D
- Faça sua carta de motivação sem medo (isso é solicitado, mas eles nem leem direito. Mas é sempre bom caprichar ahha),
- Vá ao consulado na data e horário marcados, com seus documentos (eu levei até o comprovante de passagem ida e volta, para garantir, mas não pediram), dinheiro para a taxa do visto (essa sim dói!) e um sorriso (Também super tranquilo, pois estará munido de todos os documentos que provam o intercâmbio e que você será au pair. É só apresentar tudo, tirar fotinho e pagar, nem precisa falar seu francês, por mais que sinta vontade haha).
- Parte triste: eles não enviam o passaporte com visto pelo correio (como o Consulado dos EUA). Você tem que ir lá de novo buscar. Para mim, isso significou um gastinho extra, pois não morava na capital.
- Fique feliz: você vai para a França! \o/
Manhê, eu tô na França!
Bom, se você acha que o Brasil é burocrático, espera para ver a Europa. O "problema" aqui é que tudo é mesmo, meeeesmo ao pé da letra, não tem jeitinho, nem choro, tem que ser exatamente como foi pedido. #ficadica.
Para começar a falar da papelada, apresento-lhe (futuro candidato au pair) o seu - de agora em diante - melhor amigo: o Campus France.
Esse site tem 90% das coisas que você precisa para pedir o seu visto francês e ainda traz N dicas extras sobre a vida no país. Você não pode fugir dele porque ele faz parte do processo de solicitação de visto. Então, faça um cadastro o quanto antes e comece a ler, muito... hahah
Vamos aos pontos principais:
Tipo de visto
Fácil: para o programa au pair, o visto é de estudante, com permissão para trabalhar (até certa carga horária). É por isso que você tem que comprovar a escola de francês.
Check-list
- Application preenchido (isso significa que já comprovou sua experiência com crianças e seus estudos de francês).
- Passaporte em mãos (para tirar é extremamente fácil, pelo site da polícia Federal).
- CNH internacional (não é obrigatório, MAS é bom e a essa altura você já vai saber se sua família vai precisar ou não).
- Documentos digitalizados e traduzidos (eu mesma traduzi os meus, com ajuda de uma senhora francesa. Não precisa de nada juramentado no consulado, mas é extremamente necessário fazer isso com a sua certidão de nascimento. Disso você não escapa).
- Família encontrada: sua futura host famille vai ter que enviar uns documentos para você que são assinados pela prefeitura - mairie - da cidade que vai morar. Eles serão necessários no dia da entrevista e no dia do Consulado. Sim, eu falei que era burocrático! =P).
- Escola de francês encontrada: você também terá que comprovar a matrícula numa escola de francês na França, com 10h semanais obrigatórias. Geralmente a família também te ajuda a encontrar.
- Passagem de ida e volta comprada (a agência de intercâmbio orienta essa parte).
Solicitar o visto
- Logo após, é hora de enviar as cópias dos documentos pedidos, pelo correio, ao escritório C.F. Uma coisa muito boa é que eles são super rápidos em responder as dúvidas e em anunciar o recebimento.
- Pague
- Agende sua entrevista (fique calmo. Ela é rápida e indolor, bem longe de ser a temida entrevista do visto americano. É só alguém que vai confirmar suas informações e conversar um pouquinho em francês também. Na hora mesmo você fica sabendo se foi bem ou não. É super relax.)
- Aguarde a confirmação pelo site.
- Agende com o Consulado pelo site (de acordo com a região onde mora. Diferente do C.F., o site do Consulado não é tão prático e eles nunca respondem nenhuma pergunta ou atendem o telefone).
- Preencha os formulários necessários (baixar no site. Problema: é todo em francês compliqué, mas tem tradução). O meu Consulado foi o de São Paulo e a tradução que eles têm no site não bate com o formulário (dumb!). A boa dica: a tradução do Consulado do Rio de Janeiro é perfeita. =D
- Faça sua carta de motivação sem medo (isso é solicitado, mas eles nem leem direito. Mas é sempre bom caprichar ahha),
- Vá ao consulado na data e horário marcados, com seus documentos (eu levei até o comprovante de passagem ida e volta, para garantir, mas não pediram), dinheiro para a taxa do visto (essa sim dói!) e um sorriso (Também super tranquilo, pois estará munido de todos os documentos que provam o intercâmbio e que você será au pair. É só apresentar tudo, tirar fotinho e pagar, nem precisa falar seu francês, por mais que sinta vontade haha).
- Parte triste: eles não enviam o passaporte com visto pelo correio (como o Consulado dos EUA). Você tem que ir lá de novo buscar. Para mim, isso significou um gastinho extra, pois não morava na capital.
- Fique feliz: você vai para a França! \o/
Manhê, eu tô na França!
Tá pensando que acabou? Que nada! O processo continua quando você chega na França. hehe
- O Consulado no Brasil vai te dar um papel super importante que você tem que enviar por correio para o OFII adequado à sua região na França.
- Um tempo depois (pode ser pouco ou muito), eles te enviam uma convocação de exame médico e entrevista que não podem de jeito nenhum serem alterados.
- Novamente seu bolso fica ainda mais pobre: você tem uma nova taxa a ser paga. Mas aqui na França você compra uns selinhos em Tabacs (lojas de venda de tabaco e jogos de sorte, fáceis de encontrar em qualquer esquina) no valor exato (curiosidade: teoricamente, este procedimento evita a corrupção pública).
- Você vai até o OFII (geralmente localizado beeeemm longe) e faz um exame médico chato e demorado horrores (tiram até um raio X do pulmão para verem se não tem tuberculose e depois te dão como souvenir).
- Leve um comprovante de residência francesa, sua documentação da mairie, os benditos selinhos, xerox da identidade de um dos pais da família e uma foto.
- Depois vai falar com uma mocinha que te faz umas perguntinhas e, que se você fez tudo certinho, te dá o "titre de séjour", mais um selinho no seu passaporte. Aí sim você terminou o processo e só agora é "legal" no país.
- Sorria ainda mais: você está na França.
Agora é só aproveitar seu intercâmbio. Vale cada gotinha de suor. =D
quinta-feira, 17 de maio de 2012
La France e a vida cotidiana #8
Você mora sozinho e não tem tempo/vontade para cozinhar? Uma loja/supermercado na França pensou super bem na correria do cotidiano das pessoas. É a Picard, uma loja de congelados. Não, peraí, uma loja onde você encontra absolutamente tudo congelado, e a um preço bem interessante. Agora sim. =)
Prático, neah? =)
Confesso que o marketeiro da rede me enganou. A marca deles me lembrava um banco e eu nem prestava atenção até que um dia, entrei com um amigo e descobri a maravilha da modernidade. (Ok, depois eu me toquei do floquinho de neve e congelados, duh, mas as lojas em si, lembram banco por fora! =P)
Bom, além de carnes, legumes, batata frita, lasanha e tudo que você já conhece na versão congelada, tem também uma quantidade gigante de pratos prontos, receitas francesas (e de alguns países exóticos), pães, aperitivos, sobremesas e muito mais. E o preço compensa bem mais que num restaurante. Ou então você pode dar um jantar em casa e dizer que foi você que fez! haha
Dá uma olhada em alguns exemplos:
Prático, neah? =)
quarta-feira, 16 de maio de 2012
A sensação de ser cantada em Paris e em francês, benhê! ;)
Dia de sol, céu azul em Paris. Tassiá passeando alegre e contente quando um indivíduo cruza o seu caminho e diz... adivinha o quê?
Hah, taí um assunto interessante aqui na França: a paquera e a cantada. Bom, eu nunca fui muito boa em notar quando os caras me cantam, a menos que seja super explícito, então... talvez eu esteja sendo injusta ao dizer que os franceses são sutis, muito sutis, sutis até demais... vão te fazer ficar na eterna dúvida. É isso.
Enfim, se você é do tipo que se deprime se o pedreiro não te chama de "gostosa", então aqui não é bem o seu lugar. Eu era do tipo que se via uma obra, atravessava logo a rua. Tática muito utilizada por várias mulheres e logo sacada pelos operários que começaram a gritar ainda mais alto "não atravessa, não GOSTOSA". Afe.
Outro lugar muito peculiar: a Argentina. As cantadas na rua eram descaradas (fora que eu não entendia quase nada do espanhol deles, ainda mais rápido!), não adiantava nem namorado do lado.
Na França o universo masculino é polite. As mulheres andam com shorts e saias micro (nos dias de verão, claro) e não se houve nenhum assovio. Mesmo em Londres, onde os shorts e saias são ainda mais micro (sobretudo no inverno - qual é a lógica?), nenhum mal intencionado. Sendo assim, desde que comecei a morar aqui, experimento uma sensação única de liberdade, mas principalmente de segurança. Ponto para a Europa.
Então, um dia engraçado foi esse em Paris, que comecei a contar ali em cima. O francês deu aquela esperada básica de três segundos para dizer, descubra você:
a) Uau, très jolie!
b) Voulez vous c... avec moi? (clássica, não?)
c) Oh la-laaa!
Sim, resposta C. Bien sûr. Clichê, mas divertido. #EuRi =)
Outra vez que ri sozinha foi à noite, voltando de uma soirée (baladinha light), mas era um pouquinho tarde já. Um carro passa devagarinho, deu medinho e eu pensei: "um cara bêbado". O carro reduz ainda mais e o francês diz: "Vous êtes très mignonne!". Gente, mignone mesmo é a França! Vamos aos fatos?
--> Certeza que o rapaz estava um pouco alcoolizado, mas ele conseguiu ainda assim ser super polite e se dirigir a mim por "vous" e ainda utilizar "mignone", que é uma linguagem fofinha para dizer que algo é bonito/meigo/fofo. Que seria, em português, algo do tipo: "Com licença, senhorita. Preciso dizer que és muito bela". Se é que dá para traduzir assim ahaha.. eu achei drôle (engraçado).
Ok, um momento "oh-my...": Andando na rua, falando português com outra au pair brasileira e um grupo de rapazes começou a cantar "Ai se eu te pego" (sim, essa música ¬¬) em PORTUGUÊS sotaqueante para nós duas. Eram estrangeiros, sûrement.
Hah, taí um assunto interessante aqui na França: a paquera e a cantada. Bom, eu nunca fui muito boa em notar quando os caras me cantam, a menos que seja super explícito, então... talvez eu esteja sendo injusta ao dizer que os franceses são sutis, muito sutis, sutis até demais... vão te fazer ficar na eterna dúvida. É isso.
Enfim, se você é do tipo que se deprime se o pedreiro não te chama de "gostosa", então aqui não é bem o seu lugar. Eu era do tipo que se via uma obra, atravessava logo a rua. Tática muito utilizada por várias mulheres e logo sacada pelos operários que começaram a gritar ainda mais alto "não atravessa, não GOSTOSA". Afe.
Outro lugar muito peculiar: a Argentina. As cantadas na rua eram descaradas (fora que eu não entendia quase nada do espanhol deles, ainda mais rápido!), não adiantava nem namorado do lado.
Na França o universo masculino é polite. As mulheres andam com shorts e saias micro (nos dias de verão, claro) e não se houve nenhum assovio. Mesmo em Londres, onde os shorts e saias são ainda mais micro (sobretudo no inverno - qual é a lógica?), nenhum mal intencionado. Sendo assim, desde que comecei a morar aqui, experimento uma sensação única de liberdade, mas principalmente de segurança. Ponto para a Europa.
Então, um dia engraçado foi esse em Paris, que comecei a contar ali em cima. O francês deu aquela esperada básica de três segundos para dizer, descubra você:
a) Uau, très jolie!
b) Voulez vous c... avec moi? (clássica, não?)
c) Oh la-laaa!
Sim, resposta C. Bien sûr. Clichê, mas divertido. #EuRi =)
Outra vez que ri sozinha foi à noite, voltando de uma soirée (baladinha light), mas era um pouquinho tarde já. Um carro passa devagarinho, deu medinho e eu pensei: "um cara bêbado". O carro reduz ainda mais e o francês diz: "Vous êtes très mignonne!". Gente, mignone mesmo é a França! Vamos aos fatos?
--> Certeza que o rapaz estava um pouco alcoolizado, mas ele conseguiu ainda assim ser super polite e se dirigir a mim por "vous" e ainda utilizar "mignone", que é uma linguagem fofinha para dizer que algo é bonito/meigo/fofo. Que seria, em português, algo do tipo: "Com licença, senhorita. Preciso dizer que és muito bela". Se é que dá para traduzir assim ahaha.. eu achei drôle (engraçado).
Ok, um momento "oh-my...": Andando na rua, falando português com outra au pair brasileira e um grupo de rapazes começou a cantar "Ai se eu te pego" (sim, essa música ¬¬) em PORTUGUÊS sotaqueante para nós duas. Eram estrangeiros, sûrement.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Como se tornar au pair na França - parte 2/3
Depois de muito falar na primeira parte, bebi dois copos de água e já posso continuar. ;)
5) BATE-BOLA
- Que idade eu preciso ter? De 18 a 26 anos. Eu me inscrevi quase no limite haha, mas sinceramente, acho que a experiência traz uma serenidade necessária para cuidar de crianças. Enfim, poético pelo menos... tipo frase de miss ;P.
- Preciso saber falar francês? Bien sûr, mademoiselle! Como você acha que vai falar com as criancinhas? Não só por causa delas, mas pensa em como deve ser desesperador não poder se comunicar? Mesmo que você fale inglês, as crianças não falam. Qual nível você precisa? Intermediário.
- Aceitam au pair homem? Algumas famílias aceitam, outras até preferem (quando tem muitos meninos, por exemplo), mas a maioria é mulher.
- Preciso saber dirigir? Não é obrigatório, mas AJUDA MUITO a encontrar família logo. Eu dirijo aqui. Vale lembrar que criança é coisa séria e é melhor ser sincero sobre sua destreza habilitacional ou então invista numas aulinhas extras avant venir.
- Posso dirigir na França? Sim! Tire a CNH internacional e pronto. Não tem teste, é só pagar... mas é o preço é salgadinho...
- Sou obrigado a fazer curso de francês? Sim, até mesmo para conseguir tirar o visto, você tem que estar matriculado (antes mesmo de embarcar) numa escola de francês, com no mínimo 10h semanais de curso. Outra coisa: nos EUA e em outros países, a família paga seu curso e seu transporte para a escola; em outros casos ela pode dividir com você; mas na França, a despesa é sua.
- Qual o melhor momento para se inscrever no programa? Entre julho e agosto porque o ano escolar deles começa em setembro e acaba em junho e, assim, você terá mais oferta de trabalho. Mesmo assim, quanto antes, melhor. Eu mesma fui fora do padrão e me inscrevi em setembro para ir em janeiro. Deu certo ^^.
- O dinheiro que vou receber dá para me manter? Sim. Você não vai gastar com moradia, nem com alimentação. O "salário" (argent de poche) é pouco, é apertado, mas eu consigo viajar, comprar e sair, sem esbanjar, claro.
6) QUAIS SÃO OS DIREITOS E DEVERES DA AU PAIR?
Vale dizer que estes são os direitos básicos, eles variam de família para família e muito provavelmente você terá mais benefícios do que isso, o que não pode é ter menos. Sacou? =)
9) D'ACCORD, POR ONDE EU COMEÇO?
Fora decidir se vem por agência ou não e ter os requisitos básicos, para conseguir realmente vir, você precisa (sim, é obrigatório) ter um perfil no Campus France. Esta organização está diretamente ligada ao Consulado Francês, é super prática e facilita bastante o processo, por ser uma parte online (apesar do site não funcionar assim tão lindamente).
Leia super atenciosamente todas as explicações do site. Eles seguem exatamente à risca tudo o que estiver lá. Este já será seu primeiro contato com a cultura francesa (ou seja, nada de jeitinho brasileiro). Por outro lado, eles respondem muito rapidamente à todas as perguntas que você envia por e-mail. Mas seja inteligente, vasculhe o site antes para ver se a resposta já não está lá, ou corre o risco de levar um puxão de orelha! Sério.
O próximo post da série será todo dedicado à parte burocrática, ça va? ;*
- Que idade eu preciso ter? De 18 a 26 anos. Eu me inscrevi quase no limite haha, mas sinceramente, acho que a experiência traz uma serenidade necessária para cuidar de crianças. Enfim, poético pelo menos... tipo frase de miss ;P.
- Preciso saber falar francês? Bien sûr, mademoiselle! Como você acha que vai falar com as criancinhas? Não só por causa delas, mas pensa em como deve ser desesperador não poder se comunicar? Mesmo que você fale inglês, as crianças não falam. Qual nível você precisa? Intermediário.
- Aceitam au pair homem? Algumas famílias aceitam, outras até preferem (quando tem muitos meninos, por exemplo), mas a maioria é mulher.
- Preciso saber dirigir? Não é obrigatório, mas AJUDA MUITO a encontrar família logo. Eu dirijo aqui. Vale lembrar que criança é coisa séria e é melhor ser sincero sobre sua destreza habilitacional ou então invista numas aulinhas extras avant venir.
- Posso dirigir na França? Sim! Tire a CNH internacional e pronto. Não tem teste, é só pagar... mas é o preço é salgadinho...
- Sou obrigado a fazer curso de francês? Sim, até mesmo para conseguir tirar o visto, você tem que estar matriculado (antes mesmo de embarcar) numa escola de francês, com no mínimo 10h semanais de curso. Outra coisa: nos EUA e em outros países, a família paga seu curso e seu transporte para a escola; em outros casos ela pode dividir com você; mas na França, a despesa é sua.
- Qual o melhor momento para se inscrever no programa? Entre julho e agosto porque o ano escolar deles começa em setembro e acaba em junho e, assim, você terá mais oferta de trabalho. Mesmo assim, quanto antes, melhor. Eu mesma fui fora do padrão e me inscrevi em setembro para ir em janeiro. Deu certo ^^.
- O dinheiro que vou receber dá para me manter? Sim. Você não vai gastar com moradia, nem com alimentação. O "salário" (argent de poche) é pouco, é apertado, mas eu consigo viajar, comprar e sair, sem esbanjar, claro.
6) QUAIS SÃO OS DIREITOS E DEVERES DA AU PAIR?
Vale dizer que estes são os direitos básicos, eles variam de família para família e muito provavelmente você terá mais benefícios do que isso, o que não pode é ter menos. Sacou? =)
* Você tem direito a um quarto individual, não precisa dividir com ninguém. Ufa! Mas o banheiro nem sempre é só seu. Eu mesma divido com os pequenos, mas isso não é mesmo um problema para mim (ainda faço um post só sobre esse assunto: a casa francesa).
* L'argent de poche (a mesada) é de, no mínimo 80 euros por semana. A família pode até te dar mais, mas tipo... NENHUMA oferece mais que isso, então desconfie se a esmola for alta.
* Benefício extra: em Yvelines, as jeunes filles au pairs recebem também o Pass Navigo (que dá direito a ir para Paris quantas vezes quiser, ilimitado. É uma SUPER ajuda, se não seria muito caro!). Em alguns outros lugares a família dá um tipo de Pass TGV (que ajuda também a viajar para alguns outros países, mas depende).
* Pensão completa: você tem direito a pelo menos 3 refeições por dia na casa da família, mesmo nos dias de folga e férias.
* Você trabalha até 30 horas por semana e não pode ser mais que 5h por dia (isso é lindo!). Mais que isso, tem que ser acordado e adicionado extra.
* A família tem direito a 1 ou 2 baby sittings por semana. Eu mesma, faço bem de vez em quando.
* Fora os horários de aula, você tem direito a 1 ou 2 dias de folga semanais (não necessariamente o fds, mas pelo menos 1 domingo por mês). No meu caso, tenho sempre os finais de semana livre, como a maioria das au pairs européias! =D
* Você tem direito a 1 semana de férias pagas a cada 6 meses. Em 3 meses, eu já tive 3 semanas. =P
* Você pode ser solicitado a ajudar em trabalhos ménagers leves: passar a roupas das crianças, arrumar o quarto delas, preparar o lanche da escola, preparar o jantar das crianças às vezes, coisas assim, sabe? É tranquilo.
* A família vai pagar os impostos para você ter um seguro social. Significa que você vai poder ir ao médico e ser reembolsado da consulta depois. É bem prático.
7) A FAMÍLIA
Bom, pode-se dizer que eu tive sorte, pois fechei já com a primeira família que me procurou.
No programa francês, quando você recebe uma proposta, tem logo que decidir "sim ou não" para a família e, só em caso negativo que você recebe uma nova proposta. Por isso, é bom pensar bem e ter muita calma.
Fiquei toda feliz quando recebi um e-mail com a cartinha da família e as fotos. Usei o google loucamente para saber todas as informações possíveis da cidade antes de me decidir. Foi mágico: a cidade era pertinho de Paris e ainda morando ao lado de um castelo! Adorei de cara. A única coisa diferente é que a mãe é portuguesa e fiquei com medo de ter falar só em português e não aprender muito francês, por consequência. Mas depois de conversas pelo skype, em francês e português, conheci os pequenos (me apaixonei rapidamente por eles: "você sabe jogar futebol?" - perguntou o menino certa vez ahaha), tirei minhas dúvidas e descobri que era mais para eu ajudar nos deveres da escola portuguesa (eles fazem 2 escolas). Mesmo assim, ainda mandei uma lista enorme de perguntas, pois é melhor perguntar tudo enquanto está em casa no Brasil, do que ser surpreendida num país que não é o seu. #FATO. Perguntei até se eu teria que comprar meus produtos pessoais tipo xampú e tudo mais (porque já li que tem au pair nos EUA que compra o próprio papel higiênico!!) e eles disseram que isso era por conta deles. ^^
8) AU PAIR NA EUROPA
Taí uma coisa bem diferente do programa nos EUA, onde muitas meninas reclamam de serem vistas como "mão de obra barata".
Na Europa (ou pelo menos na França), au pairs também são mais baratas, dependendo do caso, mas só famílias com $$ contratam. Somos vistas como uma forma de "agregar cultura" às crianças, como um novo idioma ou aprimoramento, novas brincadeiras e visão de vida, enfim... é algo "luxe".
9) D'ACCORD, POR ONDE EU COMEÇO?
Fora decidir se vem por agência ou não e ter os requisitos básicos, para conseguir realmente vir, você precisa (sim, é obrigatório) ter um perfil no Campus France. Esta organização está diretamente ligada ao Consulado Francês, é super prática e facilita bastante o processo, por ser uma parte online (apesar do site não funcionar assim tão lindamente).
O próximo post da série será todo dedicado à parte burocrática, ça va? ;*
sábado, 12 de maio de 2012
La France e a vida cotidiana #7 (remember alemão)
Continuando a falar de máquinas bacanas, uma das primeiras que me fizeram pirar de incredulidade foi uma máquina de cortar pão num supermercado da Alemanha.
Foi assim: minha amiga (que já morava lá há muito tempo) e eu fomos comprar coisas básicas no supermercado para jantarmos (detalhe que era um supermercado pequeno e normal, nem era grande). Escolhemos um pão lindo (porque lá também tem N variedades... esse, inclusive, era com semente de abóbora, delicioso!) e ela me disse que nunca tinha testado a máquina que estava chamando a minha atenção. Pegamos o pão cobaia e colocamos dentro da máquina. Em dois segundos, N super lâminas ninja cortaram o pãozinho em fatias de pão de forma, super prático e provavelmente indolor para o fatiado, tamanha a rapidez e eficiência!
Ficamos tão deslumbradas que queríamos comprar outro pão SÓ para poder fatiá-lo. Pena que éramos só duas e 1 já era suficientemente grande para todos os dias da minha viagem ahaha.
A experiência foi tão inesquecível que ficamos falando na máquina por dias, que queríamos voltar lá para fazer um vídeo do pão sendo fatiado e tal. Mas por motivos de vergonha boba exagerada e falta de tempo, não realizamos a tão desejada filmagem. =(
Então, querida Lígia, dedico a minha pesquisa youtubística para você. Olha o que eu encontrei! Mais N outras pessoas deslumbradas com a nossa maquininha:
Foi assim: minha amiga (que já morava lá há muito tempo) e eu fomos comprar coisas básicas no supermercado para jantarmos (detalhe que era um supermercado pequeno e normal, nem era grande). Escolhemos um pão lindo (porque lá também tem N variedades... esse, inclusive, era com semente de abóbora, delicioso!) e ela me disse que nunca tinha testado a máquina que estava chamando a minha atenção. Pegamos o pão cobaia e colocamos dentro da máquina. Em dois segundos, N super lâminas ninja cortaram o pãozinho em fatias de pão de forma, super prático e provavelmente indolor para o fatiado, tamanha a rapidez e eficiência!
Ficamos tão deslumbradas que queríamos comprar outro pão SÓ para poder fatiá-lo. Pena que éramos só duas e 1 já era suficientemente grande para todos os dias da minha viagem ahaha.
A experiência foi tão inesquecível que ficamos falando na máquina por dias, que queríamos voltar lá para fazer um vídeo do pão sendo fatiado e tal. Mas por motivos de vergonha boba exagerada e falta de tempo, não realizamos a tão desejada filmagem. =(
Então, querida Lígia, dedico a minha pesquisa youtubística para você. Olha o que eu encontrei! Mais N outras pessoas deslumbradas com a nossa maquininha:
Parece que deixar para cortar o pão na última hora faz com que ele se conserve por mais tempo. Outra coisa bacana é que você podia escolher fatias grossas ou finas e mais o menos o número de fatias de acordo com o pão. ;)
E essa aqui é a propaganda dos vendedores da máquina, mas dá para ver direitinho como ela fica no supermercado. É incrível =D :
Moral da história: é melhor ser sem vergonha, né teacher? (olha ela aí embaixo, cortando ela mesma o bretzel!)
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Para não dizer que não falei de flores...
Gente, eu estava na França quando o novo presidente do país foi eleito. Eu vi parte da história francesa acontecer! Não é bacana? =) François Hollande, novo président.
Acompanhei pela internet e televisão e li as propostas dos 10, sim... dez candidatos à presidência (!). Discuti com minha família accueil e achei muito interessante constatar que as preocupações dos franceses são muito semelhantes às nossas: desemprego, desigualdade social, alta dos preços de moradia e supermercado, corrupção política, meio ambiente... enfim, somos todos parecidos. Mas as semelhanças param num assunto muito delicado: a imigração. Há muito tempo que os franceses tem a fama de não curtirem os estrangeiros "que roubam seus empregos" e isso não mudou, aliás, até aumentou (a maluca da Marine Le Pen ficou em 3º lugar!), o que dá medo. Sendo assim, muitos candidatos radicais adotam esse discurso quase que para dizer que explusariam todos os "não-franceses" (o que provavelmente reduziria muito o país).
Ainda falando em política, como o assunto estava em alta, pude conversar com muita gente sobre o Brasil e quer saber? Todo mundo conhecia o ex-presidente Lula, por nome e proezas. Fiquei surpresa! Enquanto a Dilma ainda não tem tanta fama, exceto por ser uma mulher no poder.
Aqui o voto não é obrigatório, mas até que muita gente faz questão de votar. Também ninguém queria acreditar que o voto era obrigatório no Brasil, para eles isso é inimaginável ainda. Mais uma coisa engraçada: eles votam com papel, acreditam que urnas eletrônicas podem ter muitas fraudes. É basicamente assim: você entra numa sala, na mesa tem papeizinhos com os nomes dos candidatos, você pega alguns e vai na cabine, coloca 1 nome num envelope e coloca na urna. É proibido divulgar as parciais das eleições enquanto ainda estão ocorrendo os votos, você só sabe o resultado concreto depois. Drôle!
O novo presidente toma posse 1 semana depois da divulgação do resultado, no próximo dia 15.
Enfim, espero que a França volte logo a sorrir e que a nova escolha presidencial seja uma mudança para melhor. Cruzem os dedos!
Acompanhei pela internet e televisão e li as propostas dos 10, sim... dez candidatos à presidência (!). Discuti com minha família accueil e achei muito interessante constatar que as preocupações dos franceses são muito semelhantes às nossas: desemprego, desigualdade social, alta dos preços de moradia e supermercado, corrupção política, meio ambiente... enfim, somos todos parecidos. Mas as semelhanças param num assunto muito delicado: a imigração. Há muito tempo que os franceses tem a fama de não curtirem os estrangeiros "que roubam seus empregos" e isso não mudou, aliás, até aumentou (a maluca da Marine Le Pen ficou em 3º lugar!), o que dá medo. Sendo assim, muitos candidatos radicais adotam esse discurso quase que para dizer que explusariam todos os "não-franceses" (o que provavelmente reduziria muito o país).
Ainda falando em política, como o assunto estava em alta, pude conversar com muita gente sobre o Brasil e quer saber? Todo mundo conhecia o ex-presidente Lula, por nome e proezas. Fiquei surpresa! Enquanto a Dilma ainda não tem tanta fama, exceto por ser uma mulher no poder.
Aqui o voto não é obrigatório, mas até que muita gente faz questão de votar. Também ninguém queria acreditar que o voto era obrigatório no Brasil, para eles isso é inimaginável ainda. Mais uma coisa engraçada: eles votam com papel, acreditam que urnas eletrônicas podem ter muitas fraudes. É basicamente assim: você entra numa sala, na mesa tem papeizinhos com os nomes dos candidatos, você pega alguns e vai na cabine, coloca 1 nome num envelope e coloca na urna. É proibido divulgar as parciais das eleições enquanto ainda estão ocorrendo os votos, você só sabe o resultado concreto depois. Drôle!
O novo presidente toma posse 1 semana depois da divulgação do resultado, no próximo dia 15.
Enfim, espero que a França volte logo a sorrir e que a nova escolha presidencial seja uma mudança para melhor. Cruzem os dedos!
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Como se tornar au pair na França - parte 1/3
Finalmente o tão esperado post está feito [ou quase]. Eu já previa escrevê-lo antes, mas sacomé, né... eu estou na França =P, cheia de novidades para ver hahaha. Tudo bem, não esqueci das perguntinhas que muita gente me fez e espero esclarecê-las aqui. Vamos lá?
1) Le début - A DECISÃO
Só uma coisa é certa: não é fácil #fato. A decisão é muito pessoal. Apesar da experiência tentadora de morar 365 dias em outro país (ainda mais quando isso já era um sonho!), largar tudo para trás sem saber absolutamente nada sobre o "depois" me fez perder uns cabelos de preocupação e chorar litros quase todos os dias antes do embarque. Eu já vinha amadurecendo a ideia há muito tempo, mas quando assinei o contrato para ir, minha vida mudou naquele segundo.
Para resumir minhas resoluções decisórias:
-Prós: muita experiência, realizar um sonho, conhecer uma nova cultura, descansar (tirar um ano sabático), viajar muito, falar francês fluente, amadurecer, fazer algo totalmente novo e arriscado.
-Contras: largar uma vida "feita" com emprego bom, amigos, família e não saber como e se vai encontrar tudo isso depois.
Por que sim? Porque a vida é muito curta para você vivê-la no "e se...", porque é você quem deve tomar as decisões e não somente se deixar levar. Não vale a pena sofrer por antecedência, tentando adivinhar o que vai ser do futuro, resolvi viver um dia de cada vez. E, como escrevo esse post depois de 3 meses de intercâmbio, posso dizer: no meu primeiro mês de intercâmbio, já sentia que todo o meu martírio, investimento, poupança e experiência já tinham valido a pena, pelos simples 30 dias aqui. Hoje posso dizer com certeza: essa foi uma das melhores decisões que já tomei na vida. Hoje sou feliz.
2) AGÊNCIA OU NON?
Acho que é a pergunta que mais ouço. Antes de decidir, pesquisei muito e a maioria das meninas preferiu vir sem agência e tinham uma lista bem convincente de seus porquês. Eu decidi vir "com", pelo simples motivo: minha família ficaria mais tranquila (uma dor de cabeça a menos), apesar de pagar um dinheirinho considerável para a agência. Bom, no meu caso:
-Prós: minha agência me deu suporte antes mesmo de eu assinar o contrato, uma reunião com a psicóloga deles avaliou se o programa "au pair" era mesmo a melhor escolha para mim; depois tive reuniões com outras meninas au pairs (achei isso super legal, vi que todas tínhamos as mesmas neuras ahahaha), que esclareceu muitas dúvidas; comprei a passagem com um desconto bacana para estudante e possível de trocar a data (porque você TEM que comprar a volta e você vai ter que remarcar porque não saberá exatamente o dia do seu retour); eles já tinham uma agência francesa parceira que era excelente e eu nunca saberia escolher uma na internet; minha família ficou super tranquila de saber que tinha algum lugar para recorrer no Brasil; já escrevi alguns e-mails sobre dúvidas que eles me ajudaram mesmo depois de ter chegado aqui.
-Contras: Infelizmente, o suporte burocrático foi nulo e eu me descabelei horrores para entender tudo (e vou tentar ajudar você nesses posts que seguem porque não achei uma santa alma que explicasse isso na internet); a quantia é um pouco salgada pelo tanto que eles te "ajudam" (mas no valor estava incluída uma parte que era da agência francesa, então a parte brasileira nem era assim tão cara).
-> Quem vem por conta própria acaba escolhendo este site aqui para procurar famílias. Conheci algumas meninas que vieram por este site. Algumas tem famílias boas, outras tem famílias encrenca. Na França, au pair é legalizada, então só venha com contrato!
3) Burocracia - DOSSIER
Toda au pair tem que preencher um dossiê (mesmo as que não vão por agência), o "application", com N dados pessoais e preferências, seguido de 2 ou 3 experiências diferentes com crianças que não sejam da família, 1 fotocolagem (sobre você e as crianças que você cuidou), declaração médica de que você está bem, 1 referência pessoal, atestado de antecedentes criminais, foto sorridente e a tão temida carta à família.
Ok, por partes:
- Application: fácil, você faz o download aqui do mesmo que eu preenchi, mas é para ter uma ideia.
- Preferências: quantas crianças você quer (eu coloquei no máximo 3, para ser boazinha, mas ainda bem que cuido de só 2!), onde gostaria de morar (cidade grande, média, pequena ou campo? Eu coloquei as 2 primeiras), qual a idade das crianças que você prefere cuidar? (escolhi de 6 a 12, porque ainda são crianças. Para mim bebê dá trabalho demais e exige muita responsabilidade, não fica o dia todo na escola e você perde a liberdade. Adolescente? Nem pensar... não sei lidar com revoltas. Escolhi bem, para mim ;)
- Experiência com crianças: essencial e você pode obter com o filho de uma amiga (meu caso), em creches, trabalho voluntário (meu caso também, antes mesmo de pensar em ser au pair); mas tem que comprovar, leia-se alguém (que não seja seu parente) tem que assinar para você.
- Fotocolagem: tenho a sorte de ser publicitária e abusei do photoshop e de montagens das fotos com desenhos bonitinhos no fundo. Bom, você pode enviar até 2 páginas. Fiz a primeira sobre mim, minha família e meus hobbies (tinha foto com parentes; foto na formatura - dá status, hein?; na dança; na natação - decente! haha; com amigos - sem foto com bebidas, gente, s.v.p.; no trabalho). A segunda foi com as crianças. Coloquei todas as que eu podia colocar e as mais variadas possíveis (não só com crianças que você cuidou, mas com vizinhos também, por exemplo), tinha foto no parquinho, dentro de casa, com cachorro, lendo no sofá, brincando de lego no chão.... sabe? Criatividade [e uma sessão de fotos adaptada ;)]!
- Declaração médica: use seu médico de família ou vá num posto de saúde e converse com um clínico geral.
- Referência pessoal: pedi pro meu chefe falar bem de mim, hahaha.
- Antecedentes criminais: o site da polícia do seu estado faz na hora com seu número do RG.
- Carta à família: fiz 2 páginas, mas depende de cada um. Escrevi com muitos detalhes e bem emocional. Comecei me apresentando, falei da minha família, da minha cidade, das minhas atividades (hobbies, formação), da minha vontade de ir pra França, que escolhi ser au pair porque adoro crianças (isso TEM que estar na carta) e porque vai me ajudar em crescimento pessoal, fora que aprender francês será ótimo para minha profissão (isso também é bom entrar, uma referência que você quer voltar para o Brasil depois). Contei sobre a minha experiência com crianças sempre com muitos detalhes, como: "e a [nome da menina] adorava quando eu penteava o seu cabelo e quando fazíamos bolo de chocolate juntas e ela podia lamber a vasilha". Entende? Outro exemplo: "Também cuidei do [nome do menino], ele tem 10 anos e adora jogar futebol (isso mostra o quanto você prestava atenção na suas kids). Nós líamos quadrinhos juntos depois dos deveres". Sacou? ;) Finalizei dizendo que estava ansiosa para conhecê-los. =D
*Detalhe: tem que ser tudo em francês. Eu mesma traduzi, não precisa ser juramentado.
Esse processo do "app" é bem chatinho e demorado, mas dá um alívio quando termina! Eu acho que é a parte mais chata, sem contar o visto. Tem também N documentos para levar (tipo seu diploma, atestado que estudou francês, etc) e traduzir. Nada precisa ser juramentado.
4) ESTOU DISPONÍVEL
As meninas que se inscrevem para os EUA ficam online num site quando toda a documentação é aceita, o que é muito prático. Para a França não tem essa mordomia haha e você espera agoniada. Enfim, não demora tanto. Eu peguei meu "app" para preencher em setembro e entreguei-o no mesmo mês (acredite, é mesmo difícil ser tão rápido. A maioria das meninas levam 2, 3 ou mais meses para conseguir preencher tudo). Assim, em outubro recebi o "ok" e no começo de novembro tive o contato da primeira família.
Bom, esse post já ficou gigante =P. No próximo vou falar do visto e de outros requisitos, mas podem mandar mais dúvidas. =) Bisous!
1) Le début - A DECISÃO
Só uma coisa é certa: não é fácil #fato. A decisão é muito pessoal. Apesar da experiência tentadora de morar 365 dias em outro país (ainda mais quando isso já era um sonho!), largar tudo para trás sem saber absolutamente nada sobre o "depois" me fez perder uns cabelos de preocupação e chorar litros quase todos os dias antes do embarque. Eu já vinha amadurecendo a ideia há muito tempo, mas quando assinei o contrato para ir, minha vida mudou naquele segundo.
Para resumir minhas resoluções decisórias:
-Prós: muita experiência, realizar um sonho, conhecer uma nova cultura, descansar (tirar um ano sabático), viajar muito, falar francês fluente, amadurecer, fazer algo totalmente novo e arriscado.
-Contras: largar uma vida "feita" com emprego bom, amigos, família e não saber como e se vai encontrar tudo isso depois.
Por que sim? Porque a vida é muito curta para você vivê-la no "e se...", porque é você quem deve tomar as decisões e não somente se deixar levar. Não vale a pena sofrer por antecedência, tentando adivinhar o que vai ser do futuro, resolvi viver um dia de cada vez. E, como escrevo esse post depois de 3 meses de intercâmbio, posso dizer: no meu primeiro mês de intercâmbio, já sentia que todo o meu martírio, investimento, poupança e experiência já tinham valido a pena, pelos simples 30 dias aqui. Hoje posso dizer com certeza: essa foi uma das melhores decisões que já tomei na vida. Hoje sou feliz.
2) AGÊNCIA OU NON?
Acho que é a pergunta que mais ouço. Antes de decidir, pesquisei muito e a maioria das meninas preferiu vir sem agência e tinham uma lista bem convincente de seus porquês. Eu decidi vir "com", pelo simples motivo: minha família ficaria mais tranquila (uma dor de cabeça a menos), apesar de pagar um dinheirinho considerável para a agência. Bom, no meu caso:
-Prós: minha agência me deu suporte antes mesmo de eu assinar o contrato, uma reunião com a psicóloga deles avaliou se o programa "au pair" era mesmo a melhor escolha para mim; depois tive reuniões com outras meninas au pairs (achei isso super legal, vi que todas tínhamos as mesmas neuras ahahaha), que esclareceu muitas dúvidas; comprei a passagem com um desconto bacana para estudante e possível de trocar a data (porque você TEM que comprar a volta e você vai ter que remarcar porque não saberá exatamente o dia do seu retour); eles já tinham uma agência francesa parceira que era excelente e eu nunca saberia escolher uma na internet; minha família ficou super tranquila de saber que tinha algum lugar para recorrer no Brasil; já escrevi alguns e-mails sobre dúvidas que eles me ajudaram mesmo depois de ter chegado aqui.
-Contras: Infelizmente, o suporte burocrático foi nulo e eu me descabelei horrores para entender tudo (e vou tentar ajudar você nesses posts que seguem porque não achei uma santa alma que explicasse isso na internet); a quantia é um pouco salgada pelo tanto que eles te "ajudam" (mas no valor estava incluída uma parte que era da agência francesa, então a parte brasileira nem era assim tão cara).
-> Quem vem por conta própria acaba escolhendo este site aqui para procurar famílias. Conheci algumas meninas que vieram por este site. Algumas tem famílias boas, outras tem famílias encrenca. Na França, au pair é legalizada, então só venha com contrato!
3) Burocracia - DOSSIER
Toda au pair tem que preencher um dossiê (mesmo as que não vão por agência), o "application", com N dados pessoais e preferências, seguido de 2 ou 3 experiências diferentes com crianças que não sejam da família, 1 fotocolagem (sobre você e as crianças que você cuidou), declaração médica de que você está bem, 1 referência pessoal, atestado de antecedentes criminais, foto sorridente e a tão temida carta à família.
Ok, por partes:
- Application: fácil, você faz o download aqui do mesmo que eu preenchi, mas é para ter uma ideia.
- Preferências: quantas crianças você quer (eu coloquei no máximo 3, para ser boazinha, mas ainda bem que cuido de só 2!), onde gostaria de morar (cidade grande, média, pequena ou campo? Eu coloquei as 2 primeiras), qual a idade das crianças que você prefere cuidar? (escolhi de 6 a 12, porque ainda são crianças. Para mim bebê dá trabalho demais e exige muita responsabilidade, não fica o dia todo na escola e você perde a liberdade. Adolescente? Nem pensar... não sei lidar com revoltas. Escolhi bem, para mim ;)
- Experiência com crianças: essencial e você pode obter com o filho de uma amiga (meu caso), em creches, trabalho voluntário (meu caso também, antes mesmo de pensar em ser au pair); mas tem que comprovar, leia-se alguém (que não seja seu parente) tem que assinar para você.
- Fotocolagem: tenho a sorte de ser publicitária e abusei do photoshop e de montagens das fotos com desenhos bonitinhos no fundo. Bom, você pode enviar até 2 páginas. Fiz a primeira sobre mim, minha família e meus hobbies (tinha foto com parentes; foto na formatura - dá status, hein?; na dança; na natação - decente! haha; com amigos - sem foto com bebidas, gente, s.v.p.; no trabalho). A segunda foi com as crianças. Coloquei todas as que eu podia colocar e as mais variadas possíveis (não só com crianças que você cuidou, mas com vizinhos também, por exemplo), tinha foto no parquinho, dentro de casa, com cachorro, lendo no sofá, brincando de lego no chão.... sabe? Criatividade [e uma sessão de fotos adaptada ;)]!
Para ter uma ideia.
- Referência pessoal: pedi pro meu chefe falar bem de mim, hahaha.
- Antecedentes criminais: o site da polícia do seu estado faz na hora com seu número do RG.
- Carta à família: fiz 2 páginas, mas depende de cada um. Escrevi com muitos detalhes e bem emocional. Comecei me apresentando, falei da minha família, da minha cidade, das minhas atividades (hobbies, formação), da minha vontade de ir pra França, que escolhi ser au pair porque adoro crianças (isso TEM que estar na carta) e porque vai me ajudar em crescimento pessoal, fora que aprender francês será ótimo para minha profissão (isso também é bom entrar, uma referência que você quer voltar para o Brasil depois). Contei sobre a minha experiência com crianças sempre com muitos detalhes, como: "e a [nome da menina] adorava quando eu penteava o seu cabelo e quando fazíamos bolo de chocolate juntas e ela podia lamber a vasilha". Entende? Outro exemplo: "Também cuidei do [nome do menino], ele tem 10 anos e adora jogar futebol (isso mostra o quanto você prestava atenção na suas kids). Nós líamos quadrinhos juntos depois dos deveres". Sacou? ;) Finalizei dizendo que estava ansiosa para conhecê-los. =D
*Detalhe: tem que ser tudo em francês. Eu mesma traduzi, não precisa ser juramentado.
Esse processo do "app" é bem chatinho e demorado, mas dá um alívio quando termina! Eu acho que é a parte mais chata, sem contar o visto. Tem também N documentos para levar (tipo seu diploma, atestado que estudou francês, etc) e traduzir. Nada precisa ser juramentado.
4) ESTOU DISPONÍVEL
As meninas que se inscrevem para os EUA ficam online num site quando toda a documentação é aceita, o que é muito prático. Para a França não tem essa mordomia haha e você espera agoniada. Enfim, não demora tanto. Eu peguei meu "app" para preencher em setembro e entreguei-o no mesmo mês (acredite, é mesmo difícil ser tão rápido. A maioria das meninas levam 2, 3 ou mais meses para conseguir preencher tudo). Assim, em outubro recebi o "ok" e no começo de novembro tive o contato da primeira família.
Bom, esse post já ficou gigante =P. No próximo vou falar do visto e de outros requisitos, mas podem mandar mais dúvidas. =) Bisous!
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