Depois das minhas férias nos
Alpes, com rápida passagem em
Annecy, encarei quase que em seguida uma esticada para a Alemanha, mais precisamente em
Freiburg (sul do país e do ladinho da França), onde encontrei a melhor guia de todos os tempos: minha ex professora de alemão e amiga, Lígia! =D
Para continuar minhas super descobertas viajantes, experimentei corajosa e caronísticamente minha viagem de ida e volta com desconhecidos. É, nem eu acredito que fiz isso!
Tem um site aqui que você pesquisa o lugar e o dia que pretende ir e vê se encontra alguém que também está indo de carro. Você paga um preço muito mais simpático e ainda faz umas amizades no percurso.
Se eu tive medo? Confesso que estava tão ansiosa de ir pra Alemanha que o meu maior medo foi da carona não aparecer do que da carona em si. Na ida, fui com um casal alemão que falava poor english e a comunicação foi meio hard, mas ok e a volta foi com N pessoas falando francês, alemão e inglês. Resumo da história: très sympà!
Enfim, cheguei em Freiburg após 7h de viagem, partindo de Paris, e descobri que meu celular francês não funcionava "pas de tout" lá. Bacana, como eu iria ligar para a minha host? Então a moça alemã do carro carona me deixou numa estação de trem e me explicou, meio alemão, meio bad english, como eu deveria chegar no endereço da minha amiga (aliás, danke schön Gott que eu tive um dia a ideia de estudar alemão. Apesar de não ter sido uma boa aluna, isso me ajudou!). Tá, mas e o bilhete do trem? "No trem mesmo você compra, tem uma máquina" - ela me disse. Entrei no trem com outras pessoas, procurei a máquina, não achei. Procurei pessoas com dinheiro pra pagar, não achei. Olhei o motorista, achei, mas estava inacessível, fechado atrás de um vidro. Olhei desesperadamente para os lados e vi N faces alemãs me encarando, esperei as próximas estações e ninguém pagando... vi a estação que eu deveria descer sendo anunciada, suei frio... olhei para os lados e saí do trem, sem pagar, esperando um grito alemão e sirenes vermelhas, mas nada... e tudo aconteceu em aproximadamente 1 minuto. Como o tempo às vezes pode ser slow motion, né?
Andei pelas ruas imaginando onde eu ia conseguir pedir informações, será que todo mundo falava inglês?, será que eu conseguiria um hostel facilmente? Por que falar alemão dá medo? Então, ao atravessar a rua, dei de cara com a minha amiga! #Milagrededeus. E aí tudo ficou mais fácil. =)
O que posso dizer? Freiburg é uma cidade encantadora, super ensolarada e cheia de pessoas sorridentes. Os alemães lá tem senso de humor e são uns fofos de bonzinhos. A comida é uma coisa SEN-SA-CIO-NAL. Fiquei feliz de não ser apaixonada pela Alemanha, mas sim pela França, ou iria ganhar muitos quilinhos. =P
Lá é a cidade da Floresta Negra. O quê, você pensou no bolo de chocolate com cereja? Bingo, meu amigo. A receita é original de lá e absolutamente quase todo doce freiburguiano tem cereja no meio. Ah, também a cidade do relógio cuco. =D Posso dizer que minha viagem foi bem gastronômica, um pouco consumista (preços imcomparáveis!) e super divertida. \o/ Adorei!
Repara no tamanho desses bifes? Acompanhados de batatas com queijo.... =P~~
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A melhor padaria da cidade: Kaiser.
Cara, tem de N tipos.
Minha primeira igreja gótica. =D
Os vitrais tem os desenhos simbolizando quem pagou por eles, por isso você vê um Bretzel na direita (os padeiros), por exemplo.
Ah, sim... e a história do trem! Fiquei com dor na consciência um tempo, mas depois entendi como as coisas funcionavam. Tem máquinas dentro e fora do trem, só que eu nunca saberia como usar sem alguém para me explicar. Você compra um bilhete pelo dia, que vale 24h exatamente e a maioria dos habitantes tem um passe mensal/semestral/anual, por isso que não vi ninguém pagando. Mas tem policiais controladores de bilhetes e corri o risco de levar multa, independente de eu ser estrangeira. =O Tolerância e informações turísticas zero.
Isso são medidas de pão. Na época descrita aí na parede, o tamanho do pão tinha q ser esse aí. Muito comércio rolou em Freiburg.
Aqui, também dei uma esticada até o
Lago Titisee, que fica numa cidade vizinha. Valeu muito a pena.
Ok, vou parar de postar inúmeras fotos (a desenvolvedora Juliana Araújo ainda não me ensinou a fazer uma galeria aqui =P), pois foram mais de 200 fotos nessa viagem o.O (calma, fica sussa que nem com galeria eu te faria ver tudo isso de foto! haha).
Saldo geral: me surpreendi positivamente com a Alemanha, tive a melhor guia de todos os tempos (que poderia muito bem trabalhar como guia por lá, nunca vi alguém saber tanto detalhe. Duvido que os próprios habitantes saibam mais que ela, sério), comi muito, ri "absurdo" (como dizem meus amigos de Campinas), me descobri um pouco, me identifiquei com pessoas que também estão fazendo intercâmbio por paixão a um país que não o seu e que também querem entender isso, enfim... dias inesquecíveis. Pena que o tempo passa é depressa demais!
Beijinhos! =*