quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Porque falar francês é chique, benhê!

Compartilho com vocês, o meu primeiro texto para o curso aqui em que não tive nenhum erro.
Mon premier texte sans fautes pour le cours de français. =D



Une journée surprise
J'avais 4 ans et c'était le jour de mon anniversaire, mais je ne le savais pas. En fait, jusqu'à ce jour-là, je n'avais jamais eu conscience qu'il fallait savoir par coeur mon jour de naissance. Même si ma famille était à préparer des friandises, des décorations et à gonfler des ballons, il me manquait la malice. Alors, j'ai aussi aidé avec les tâches en pensant qu'ils faisaient une fête pour le petit gamin, fils du voisin (au moins c'est ce qu'ils m'avaient dit).

À la fin de la journée, en sortant de ma chambre, j'ai vu la maison en noir. Toutes les lumières étaient éteintes. J'ai eu dix secondes de peur jusqu'au commencement de l'indubitable "joyeux anniversaire". Je souriais.

Désormais je n'ai plus jamais oublié le 16 Octobre.

(É simples, mas os tempos estão bonitinhos bem empregados e eu fiquei tão feliz no dia! =D)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

#3 Diário de bordo de Tassiá: onde tuuudo pode acontecer....

Pra quem não entendeu a referência Cultura, anos 90 (Lucas Silva e Silva no Mundo da Lua): dommage, mas veja aqui. Começarei agora mais uma série, além da #vida cotidiana, que você já conhece muito bem. Essa será mais estilo confissões de adolescente, mas também sem uma frequência definida.

Vida "no estrangeiro": quando você começa a esquecer o português

=( É com triste pesar que constato que, após estudar super fucking hard para falar e escrever em francês tão bem quanto eu gosto de falar e escrever no meu querido português, o feitiço me pregou uma peça e eu agora vejo meu linguajar ganhar palavras afrancesadas e terríveis erros de ortografia quando escrevo. Oh, quem poderá me ajudar?!


Eu sempre gostei muito de ler, desde pequena; também era a cdf da aula de português e literatura. Trabalhei num blog super bacana, o Gizmodo, e me senti mega orgulhosa da minha inserção jornalística, já que eu podia gastar todo o meu vocabulário fazendo algo que eu amo (essa é também uma das razões para eu ter criado este blog).

Então eu vim para cá e me sentia patinando no gelo na hora de falar com os nativos. Coisa mais fácil é aprender a pedir pão na padaria, mandar as crianças tomarem banho, pedir e dar informações, mas e para expressar uma opinião num jantar/evento/reunião? Conversar sobre política, sobre uma notícia, ou até mesmo explicar seu ponto de vista brasileiro sobre n'importe quoi. Aí tem que rebolar meu nego!
Foi quando resolvi que eu ia fazer esse idioma grudar na minha cabeça (pois ele já estava no meu coração) e que um dia eu ia poder falar tudo o que eu quiser, me expressar lindamente e utilizar palavras melhores que muito francês. Tá, meio megalomaníaco, mas eu realmente gosto (não me julgue!). Enfim, me dediquei, li, ouvi música, notícias e falei muito. Pratiquei redação, me desdobrei e agora tadaaaaaaamm I got it. O preço foi que meu português deu uma sentida. =/


Outro dia escrevi "dansar" ao invés de "dançar", porque em francês é "danse", mas felizmente meus olhos sentiram algo errado na palavra e pude corrigir a tempo. Toda vez que escrevo "e", eu escrevo "et" e deleto o "t" e isso é só o começo. Sempre que alguém me pergunta "por que" eu respondo "parce que" e continuo em português. Já disse que fui num concerto ao invés de show;, que precisava comprar meus bilhetes de avião quando normalmente eu usaria passagens; até um "eu não arrivei" um dia rolou, mas eu tava muito cansada (tentando me defender!)... tá, essas últimas não são frequentes, mas eu sinto, escrevendo aqui, que tenho que pensar mais em português do que antes (santo corretor ortográfico, olhai por nós!).

Será que meu cérebro está usando agora o espaço da minha língua mãe para ser "remplacê" pelo francês? =O

Quando eu fui para a Inglaterra, tive a mesma dificuldade em expressar meus pensamentos e logo vi que ia precisar me aprofundar muito mais nessa damn language. Mas aí imagina a lambança? #medo.

Isso é mais uma vez só um desabafo. Será que isso acontece só comigo? (só aceito respostas solidárias  :P)

domingo, 27 de janeiro de 2013

Mochilão de verão pela Itália #3: Milão

Depois de viajar para Turim e conhecer toda a sua charmosa simplicidade, fomos direto para uma das capitais da moda: Milão! #glamour #milãoNÁRIO


Então bem cedo do nosso segundo dia, finalmente chegamos ao nosso destino planejado. Reservamos um dia inteiro para essa cidade, coisa que não foi assim... uma boa idéia, mas tutu pem.

Primeira dica importante de Milão:
É, já de cara, saindo do trem e entrando no metrô, compre um passe diário que é ilimitado e você pode usar tanto no metrô quanto nos ônibus e trams, é bem barato e você não se preocupa mais com isso.


Estava um dia lindo, sol, calor (o que implica em muitos gelattos impecáveis à qualquer toda hora). Como já tínhamos pesquisado um pouquinho sobre a cidade, fomos logo percorrendo os principais pontos e começamos pela Catedral Duomo, que é bem fácil de chegar.


Segunda dica importante de Milão (e da Itália em geral):
Você NÃO pode entrar em nenhuma igreja de shorts (no way), vestido ou saia curtos e nem de blusa de alcinha mostrando os bracinhos. Sacou a beleza de uma pesquisa de campo antes? Fomos precavidas e levamos as calças e bolerinhos dentro da bolsa para vestir só na hora, porque num calor infernal (ou celestial?) daqueles, não dava para andar toda coberta! Aliás, nem tente insistir, eles têm seguranças na porta de todas essas grandes igrejas para barrar o povo.


A catedral é linda (apesar da minha foto de má qualidade não fazer jus =/) e a entrada é gratuita. Por motivos inexplicáveis, chorei litros lá dentro e fiquei muito emocionada. Foi inacreditável a experiência.

Terceira dica importante de Milão:
A catedral é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Por isso, na frente dela você vê alguns ambulantes vendendo coisas e também uns caras que tentam a todo custo colocar uma pulseira no seu braço e depois pedem, intimidando, dinheiro por ela. Corra léguas desses larápios!


De lá, corremos para a Galleria Emanuele, que é um luxo e você precisa passar por lá quando for.



Então passeamos livremente, comemos, tomamos sorvete e fomos ver o Castelo de Sforzesco, que tem um grande parque bem bonitinho.




Mesmo dando tchau de mão fechada, fomos passear no Quadrilátero da Moda, claro. E para enlouquecer 3 mocinhas: estava tudo em promoção de verão! Não quero dedar ninguém, mas alguns membros do grupo não resistiram e compraram. Fato que tudo é L-I-N-D-O e quando eu for ryca, volto lá para arrasar. =)


Então de ver o Palácio Real, outras igrejinhas importantes da cidade, algumas praças e o teatro, vimos que tínhamos feito tudo de significante e fomos dar um tour de Tram (que contorna as principais partes da cidade, passando pela maioria dos pontos turísticos. Foi bem bacana, mas depois de tudo fazer, ainda nos sobraram N horas antes de pegar o trem para Veneza, o que me faz acrescentar a última dica:

Última, mas muito importante dica de Milão:
Preveja só uma manhã estendida (tipo até umas 14h ou 15h) ou uma tarde para conhecê-la num mochilão. Não precisa de mais.

O resumo foi que ficamos muito tempo esperando na estação de trem porque estávamos cansadas e o sol estava muito quente. Jogamos todos os nossos jogos de infância na espera e até os que eu aprendi com as minhas criancinhas francesinhas; conversamos, dormimos e o tempo passava bem lentamente haha. =P (Pelo menos não previmos de dormir na cidade. Ufa!)

Acabadas na estação de trem.

Meu comentário final é que Milão é fofa, vale super a pena, as casas são lindas, a arquitetura é linda e você se sente até mais phyna de andar por aquelas ruas. =B


Próxima parada: Veneza! ;)

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Post especial: parabéns para mim!

É, parece que foi ontem que eu cheguei aqui na França, mas na verdade fazem exatos 12 meses hoje!


Num balanço geral, posso dizer que já o primeiro mês nessa terra compensou todo o esforço da vinda, as despedidas e todo o investimento (não somente financeiro). Aqui eu conheci meu sorriso mais largo, e uma felicidade de caixinha de música nos ouvidos. Aqui é a minha segunda casa, porque eu também amo meu Brasil; me sinto completa.

Esses doze meses passaram voando, tão rapidinhos que eu resolvi ficar mais! E essa é a novidade que eu tinha há algum tempo, lembra? Decidi curtir mais um pouquinho do lado de cá, apesar da saudade agora já corroer bem meu pobre coração latino. E que meu tempo extra seja ainda mais repleto de alegrias! Clap, clap, clap! =D

Trilha sonora do dia: clichê de uma das minhas músicas francesas preferidas, com pitada de modernidade:


;*



quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Uma das piores coisas de um intercâmbio

... é ficar doente! =(

Eu sei que ficar doente nunca é bom, mas lonnnnnnnge de casa, da família e de qualquer pessoa que te faça um chamego dodói é realmente chato. A gente tenta ser forte, tenta fingir que vai passar, mas acaba rolando pelo menos uma lagriminha. Ai, como eu queria o colo da mamãe, mas não dá. Então, para você que também já ficou doente e teve que se cuidar sozinho: minha admiração!


Tudo começou numa bela segunda-feira quando tive que ficar o dia todo com o menino que estava vomitando desde madrugada. Cuidei, dei o remédio, fiquei do lado (porque no fundo dá mesmo dó do pequeno. Quem é que não fica carente quando está doentinho? Os pais trabalham fora, ele tem que ficar com uma babá, que mesmo sendo super legal - eu \o/ - não deixa de ser uma babá, né? Aí papariquei, fiz um mimo e ele ganhou uma corzinha) e tudo o que foi preciso. Na terça à tarde, ele já pôde ir à escola. Yay, well done!

Chega a madrugada da terça para a quarta, acordo 2h da matina com os mesmos sintomas e descubro ao correr para o banheiro que a menina também tinha pegado. Resumo: passamos a quarta toda doentes juntas. Eu, sem pregar o olho desde madrugada passando mal de 2 em 2h mal e ela vomitando pela casa toda... au pair limpa e trabalha mesmo doentinha às vezes. =(

Fui forte, cuidei da menina, me segurei... mas confesso que na sexta, quando finalmente pude ter um ar de liberdade, deu uma saudade doída de casa. Snif!

Enfim, essa não foi a primeira vez que eu fiquei doente por causa dos pimpolhos. Infelizmente, essas criancinhas passar N doenças para as pobres au pairs, mesmo que a gente se cuide, lave as mãozinhas, já cansei de contar às vezes que tive que mandá-los lavar a mão, relavar, retomar banho... e eles pegam em tudo, abraçam... males do ofício. =S


#desabafo