Eu, como muitas pessoas, sempre sonhei em fazer um mochilão pela Europa. Então chegaram as minhas férias de verão (as mais longas) e planejei um desbravamento italiano. Não podia ter escolhido país melhor para espairecer e ainda tive a sorte de duas amigas me acompanharem. Passamos por 6 cidades:
Turim, Milão, Veneza, Florença, Roma e Trapani (Sicília) e, como foi uma experiência IN-CRÍ-VEL, vou compartilhar com você as dicas quentíssimas desta aventura (hah, bem slogan de Sessão da Tarde ;P).
(foto da gente morrendo de calor)
O tio Google será sempre o seu melhor companheiro de aventuras (e o Toddynho também! ;)
Antes de mais nada, informe-se. Eu pesquisei em vááários sites com roteiros de cada cidade, separei os lugares que amava e fui colocando em listas para depois cruzar com meu
timing. Vi desde sites bem conhecidos como guias de grandes revistas e o
mochileiros do Brasil quanto alguns de particulares que viajaram pelo mundo e até uns em inglês e francês. Peguei o máximo de dicas como "é melhor andar de metrô lá, mas na outra é melhor à pé", sacou?
Use sua bola de cristal
Tente prever a maioria das coisas e não corra o risco de ficar na mão. Então, compre os bilhetes de todos os destinos, reserve os hotéis e adiante os ingressos pelo menos das principais atrações (ou daquelas que você tem certeza de ir). Isso te deixa seguro e ainda poupa o seu tempo. Para quê desperdiçar preciosas horas de viagem com esse tipo de preocupação? Acredite: muita gente o faz e eu acho uma besteira!
Algumas coisas são imprevisíveis, como as 2 vezes em que tentei
couch surfing e deram para trás em cima da hora (fiquei um pouco traumatizada apesar de ainda acreditar que um dia pode dar certo /o\), mas para todas as outras existe
master card o seu cartão de crédito favorito.
Qualé, ô da mochila?
É um mochilão, mas não necessariamente precisa ser de mochila (mas a sensação de ser uma mochileira de mochila não tem preço! XP). De toda forma, após muito ponderar, considerei que ela era a melhor opção (e nem precisei de uma grande -- porque eu sou pequenininha - e minhas roupas também! haha). E também porque, como compramos bilhetes baratos, tínhamos um limite de bagagem de mão.
Parte mais difícil: o que levar? Daí sua pesquisa
power advanced para te salvar! Comigo funcionou. Preparei uma mochila para 1 semana, apesar da viagem ter 12 dias e fui lavando à mão nos hostels mesmo. Mas também vale usar uma máquina de lavagem à quilo, que nem é tão cara.
Dê tchauzinho de mão fechada
Nesse tipo de viagem, a palavra de ordem é
economia. Ou você estaria num cruzeiro
open bar e food, com paradas em hotéis 5 estrelas, não? É por isso que pesquisar antes poupa, além do seu tempo, seu dinheiro.
Bilhetes: Nós compramos todos os bilhetes (avião e trem) com uma certa antecedência -- o que já reduz consideravelmente o preço; mas também utilizamos companhias aéras
low cost como
Ryan Air e
Easy Jet. O preço compensa bem a chateação com a bagagem (e eles conferiram mesmo, pelo menos em Paris, peso e tamanho da mochila!). Para o trem, utilizamos a
Trenitália e pagamos só
9 euros em alguns trechos!
Atrações: Alguns pontos turísticos pagos tinham promoções para compra pela internet, de reduções à pacotes bem interessantes. Aproveitamos uma redução no Museu do Vaticano e um pacote no Coliseu, por exemplo.
Hostels: É verdade que os albergues são super conhecidos por seu baixo custo e muitos daqui da Europa são mais lindos que muitos hotéis, mas não dispense uma olhadela em pequenos hotéis. Acabamos achando um em Turim bem aconchegante e fofo, por um preço que compensava mais que o hostel.
Meus sites preferidos de busca de hostel: Hostel World,
Venere e
TripAdivisor.
(Acredite, isso é um hostel, em Berlim)
Outra dica neste campo parece óbvia, mas já vi muita gente se perdendo:
Olhe a localização do hostel. Compare as distâncias entre os principais pontos (pois o valor do transporte pode ser seu arqui-inimigo.
Às vezes compensa pagar um pouco mais caro no hostel). De novo vem a pesquisa. Por exemplo, em Roma (que não tem muitas linhas de metrô), compensou ficarmos perto de um metrô; em Veneza compensou pagar mais barato no hostel mais longe porque deu para fazer a cidade toda á pé e várias vezes... captou?
Refeições: Essa questão é bem pessoal, mas aí vão algumas dicas. Os hostels geralmente têm cozinhas e você pode fazer "turismo de supermercado" (o que eu adoro e ensinei minhas amigas a fazer. Um dia escrevo melhor sobre isso aqui) e comprar algumas coisinhas para degustar. É sempre mais barato que num restaurante. Por falar em restô, não escolha
nenhum que esteja muito perto de lugares turísticos, não só porque enfiarão a faca no seu rim, mas também porque a comida não será saborosa e você ficará tristemente decepcionado.
Compras: Também evite lugares muito turísticos e dê uma olhada de leve em guias de compras antes de viajar. Uma vez em Londres, descobri n
Charity Shops que vendiam coisas L-I-N-D-A-S po pouquíssimas libras. Morri! Muito melhor que qualquer shopping center.
Bem que a minha mãe falou!
Algumas coisas que você sempre ouve, mas nunca escuta: cuide da sua segurança; tenha um plano B quando preciso (foi no meu caso do
couch que não deu certo, era melhor ter um hostel na manga do que passar aperto); leve uma blusinha caso faça frio e compre (ou baixe um app) sempre um mapa da cidade (se bem que os hostels sempre têm uns gratuitos) e sempre ande com ele!
Acho que foi tudo, nos próximos posts colocarei minhas dicas e experiências em cada cidade, mas se ainda precisa de alguma dica, não exite em utilizar os comentários bem aqui em baixo, ó! ;)